Zona de pânico: como sair fortalecido?

Zona de pânico: como sair fortalecido?

Todos, em algum momento de nossa vida, passam pela zona de pânico. Entramos na zona de pânico quando empurramos nossos limites longe demais. Quando estamos lidando com algo que nos parece perigoso, tanto física quanto emocionalmente. Quando nos sentimos obrigados a fazer algo que percebemos como estranho e com o qual não nos identificamos.

Obviamente, cada pessoa tem sua própria zona de medo. O que é aceitável para alguns e até mesmo comum para outros pode ser inaceitável e estranho. É por isso que existem inúmeros exemplos de zona de pânico, que variam de pessoa para pessoa. Embora alguém possa se sentir em sua zona de conforto por praticar esportes radicais ou mudar constantemente de parceiro, para outra pessoa a mera perspectiva dessas situações pode gerar um ataque de pânico total.



Qual é a zona de pânico?

A zona do pânico é um território desconhecido no qual nos sentimos incomodados porque perdemos as referências que normalmente nos ajudam a nos orientar no mundo. Normalmente acontecem coisas nesta área que nos confundem, colidem com os nossos valores e expectativas ou são muito difíceis de aceitar. Nesta área, as ferramentas psicológicas que usamos regularmente não são mais necessárias, por isso tendemos a nos sentir particularmente desamparados, desorientados e desamparados.

As sensações geradas pela zona de pânico

Quando entramos na zona de pânico, experimentamos sensações desagradáveis. Podemos sentir que estamos perdendo o controle porque os padrões mentais que usamos para entender o mundo e dar sentido a ele não explicam mais o que está acontecendo.

Estar sem pontos cardeais gera uma forte ansiedade que às vezes beira o pânico. Não é estranho, porque a incerteza que essa área costuma trazer pode fazer você temer o pior, gerando aquela sensação de apreensão generalizada que acompanha a ansiedade.



Outro sentimento comum na zona de pânico é a vulnerabilidade. Sentimo-nos particularmente frágeis porque os conhecimentos e competências que adquirimos e nos quais confiamos para seguir em frente já não são tão eficazes na resolução dos novos desafios que nos são apresentados.

Percebemos que não temos as ferramentas necessárias ou que elas não podem nos garantir bons resultados. Isso nos deixa inseguros. Portanto, na zona do pânico temos a sensação de andar sobre um vidro que pode quebrar a qualquer momento e nos machucar.

As possibilidades ocultas por trás do que nos assusta

Em um mundo ideal, passaríamos da nossa zona de conforto para a zona de crescimento ou zona mágica, evitando completamente a zona de pânico. Mas não vivemos em um mundo ideal e as coisas nem sempre acontecem de acordo com o planejado. Às vezes, por decisão errada ou por acaso, nos encontramos imersos na zona do pânico.

A maioria dos psicólogos avisa que coisas terríveis podem acontecer na zona de pânico, mas nem sempre é necessário. Nesta área também podemos aprender. Na verdade, a zona de pânico pode se tornar uma espécie de "zona de aprendizado acelerado". Como pode ser visto na figura abaixo, mesmo na zona de pânico ocorrem experiências de alto desempenho que podem ser comparáveis ​​- até certo ponto - com aquelas que ocorrem na zona de aprendizagem.

É verdade que a zona de pânico nos coloca nas cordas, mas circunstâncias extremas podem trazer à tona nossa melhor versão. Cal Newport, um professor da Universidade de Georgetown, descobriu que muitos de seus alunos melhoraram logo depois que tiveram filhos. É paradoxal, porque os filhos demoram muito, então deve ter sido mais difícil para os novos pais terem sucesso acadêmico.



No entanto, muitas vezes, as dificuldades que os novos desafios trazem nos obrigam a levar algumas coisas mais a sério e a dar o nosso melhor, dando o nosso melhor. Portanto, o que pode inicialmente ser um exemplo de zona de pânico torna-se uma zona mágica ou de aprendizado.

Esta área também nos ensina mais sobre nós mesmos. Quando tudo está bem e a vida flui como sempre, geralmente não fazemos muita introspecção. Mas quando as coisas dão errado, somos forçados a olhar para dentro. Nós nos perguntamos onde erramos ou o que precisamos mudar.

A zona de pânico, portanto, nos confronta com nossos pontos fracos. Mostra-nos as nossas limitações e ensina-nos que somos vulneráveis ​​e frágeis. Esse ensino é extremamente valioso porque é a vulnerabilidade que nos torna mais humanos, sensíveis e empáticos.


Como sair da zona de pânico?

Viver em estado de pânico e ansiedade não é agradável nem recomendável. Portanto, devemos nos certificar de que nos movemos o mais rápido possível para a zona mágica, aquela onde o aprendizado e o crescimento acontecem. Para sair da zona de pânico, a ferramenta mais valiosa à nossa disposição é a aceitação radical.

Em vez de negar nossos problemas ou dificuldades, precisamos reconhecer que chegamos a um ponto em que nos sentimos oprimidos. Quando lutamos contra algo, geralmente geramos uma força oposta que nos atinge com maior intensidade. Quando aprendemos a fluir, aproveitamos essa força a nosso favor.

Na zona de pânico, é normal nos sentirmos desmotivados ou mesmo paralisados. Precisamos aproveitar as súbitas explosões de energia que alimentam a ansiedade, como explica o psicólogo Robert Kriegel. Nesses momentos, temos que agir para sair da zona de pânico, seja encerrando um relacionamento tóxico, fugindo de um ambiente insalubre por um tempo ou interrompendo um projeto que nos ultrapassou para desenvolver uma nova perspectiva.


A zona de pânico, como tudo na vida, é uma fase pela qual passamos. Não é bom nem ruim em si mesmo. Tudo depende do tempo que ficaremos ali e da atitude com que enfrentaremos esta fase.

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