Não se sentir à altura do parceiro

Não se sentir à altura do parceiro

Não se sentir à altura do seu parceiro é mais comum do que você pensa. Vamos analisar as causas por trás dessa ideia.

Não se sentir à altura do parceiro

Última atualização: 15 de julho de 2022

Muitas pessoas vivem seus relacionamentos atormentados por um sentimento desagradável e exaustivo: não se sentir à altura do parceiro. Poucas situações são tão prejudiciais ao bem-estar psicológico de uma pessoa quanto abrigar tal ideia.


Quem se vê culpado em relação a um ente querido costuma ter a mesma visão em todas as áreas da vida. Trabalho, amizades, aspirações pessoais... Há aqueles que se movem como se fossem um patinho feio, sem um pingo de carisma, talento ou virtude, tornam-se os atores secundários de sua própria vida; espectadores sem protagonismo.


Não é saudável viver condicionado por essa narrativa interior. Ideias que, na realidade, costumam ter causas muito específicas que valem a pena analisar e compreender.

Às vezes, muitas das mensagens que nossos pais nos enviaram na infância tecem uma constante percepção de inferioridade.

Quando a autoestima é insuficiente, é comum não se sentir igual ao parceiro.

Não se sentir à altura do parceiro

Como crianças aprendemos a amar e também a desconfiar dos outros. Na infância, podemos aprender a não nos sentirmos superiores aos outros, mas também não inferiores.

Fazer a jornada da vida com autoconfiança e sentir-se útil é o melhor nutriente para estar contente e desfrutar de uma autoestima saudável.

No entanto, muitas pessoas sentem que não estão à altura de seu parceiro. “Sinto que não sou boa o suficiente para ele/ela. A verdade é que temo que em algum momento ele me deixe”. Isso resulta em vínculos incertos e prejudiciais.


Aquelas em que há um medo constante do abandono, o ciúme se intensifica, pensamentos distorcidos e mil e uma inseguranças relacionadas ao relacionamento são alimentadas.


Poderíamos dizer que a origem de tal cenário está na baixa autoestima. No entanto, como todos sabemos, essa construção psicológica é amplamente alimentada por nossa interação com o meio ambiente.

Mesmo as figuras que fizeram (e fazem) parte do nosso cotidiano podem afetar a visão que temos de nós mesmos. Nós vemos que dimensões motivam o sentimento de inferioridade em relação ao ente querido.

Pais narcisistas, filhos com sentimento de inferioridade

Uma pesquisa da Universidade de Amsterdã descreve os graves efeitos gerados pelo narcisismo paterno ou materno na autoestima das crianças.

Esse modelo educacional incentiva as crianças a terem que agradar seus pais e atender às suas necessidades enquanto subestimam as suas próprias. Tudo isso tem consequências prejudiciais no desenvolvimento psicossocial da pessoa.

Pais narcisistas não oferecem segurança, afeto saudável ou validação. Isso significa crescer com necessidades emocionais significativas, o sentimento de ser inútil e constantemente em desvantagem em relação aos outros.

Uma longa história de decepções e fracassos no amor

Quando não se sentir à altura do seu parceiro é uma constante, você precisa explorar sua história emocional. É normal carregar uma bagagem emocional cheia de decepções, histórias ruins, decepções e pedaços de um coração que sofreu. Tudo isso pode nos fazer pensar que "há algo errado" conosco.

Falhas repetidas em questões afetivas também podem afetar a autoimagem, levando a pessoa a se sentir culpada. Um conjunto de ideias que moldam uma visão claramente prejudicial.


Não se sentir à altura do parceiro: falta de segurança e confiança no relacionamento

Quando o vínculo com seu ente querido é marcado por dúvidas e medos, sempre há um motivo e ele deve ser identificado. O problema pode estar em nós (baixa autoestima, traumas de infância, relacionamentos passados ​​não resolvidos, etc).

Em outros casos, porém, o problema não depende de nós, mas deve ser procurado em um parceiro que não se dedique ao relacionamento como deveria:


  • Ele pode não oferecer apoio emocional adequado.
  • Talvez o relacionamento seja de mão única, onde apenas o parceiro decide qual direção o relacionamento deve tomar.
  • Faz você se sentir inseguro, criticar e julgar excessivamente.

Às vezes pensamos que o problema está em acreditarmos que não estamos à altura do parceiro, mas a verdade é bem diferente.

Não se sentir à altura do seu parceiro e/ou da família dele

O parceiro pode ser muito atraente ou ter um bom emprego. É possível que sua família, seus amigos e os lugares que frequentam tenham características específicas que nos fascinam. Diante disso, a pessoa se sente em desvantagem.


É uma situação comum. Muitas pessoas se sentem culpadas em relação à beleza, ao sucesso profissional ou à família idílica e pacífica de seu parceiro.

A base desse desconforto é a baixa auto-estima e a crença de que os traços positivos do outro são uma desvantagem em si mesmo. É claramente uma abordagem problemática.

Às vezes, fatores como o desemprego podem nos levar a desenvolver uma visão negativa de nós mesmos e de inferioridade em relação ao nosso parceiro.

Alterações vitais ou físicas

O desemprego pode ser um dos fatores que levam a não se sentir bem com o seu parceiro. Especialmente se for uma condição de longa duração.

Perder o emprego muitas vezes causa uma erosão significativa da identidade pessoal, a ponto de desenvolver sentimentos e percepções negativas sobre si mesmo.

Isso pode chegar a ponto de não se considerar digno do carinho e admiração de seu ente querido. Por outro lado, fatores como ganho de peso ou quaisquer outras mudanças físicas também podem ter um grande impacto. Perde-se a autoconfiança, a ponto de supor que o parceiro deixou ou deixará de nos querer ou de nos amar.


Encontre a raiz do problema

Ninguém pode encontrar a felicidade com um parceiro (ou sem) na ausência de auto-estima, quando a autocrítica é constante e a pessoa se sente inferior em todos os aspectos da vida. É preciso voltar à raiz do problema dessa autodepreciação. Para isso, não hesite em pedir ajuda especializada.

A Terapia Cognitivo Comportamental ajuda a aumentar a autoestima, pois permite adotar uma abordagem mental mais saudável. Por outro lado, a terapia focada na compaixão é boa para incutir confiança, autoaceitação e autoeficácia.

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