O perigoso encanto do amor clandestino

O perigoso encanto do amor clandestino

O perigoso encanto do amor clandestino

Última atualização: 15 de janeiro de 2019

O amor se ilumina e cresce em intensidade quando é acompanhado por uma dose, grande ou pequena, de impossibilidade. A paixão nunca é tão ardente como quando é impedida por alguma proibição. E se houver um segredo a guardar, melhor ainda. Há um fascínio perigoso em torno dos amores clandestinos...

Mas assim como o inseto que esvoaça ao redor do fogo e às vezes acaba se queimando, até amores proibidos podem acabar mal. Às vezes terminam com um simples e romântico adeus, mas na maioria dos casos deixam as pessoas envolvidas com feridas profundas que demoram a cicatrizar.



 "E para os amantes seu amor desesperado pode ser um crime, mas nunca será um pecado."

-Jose Angel Buesa-

Os amores clandestinos

Por trás da escolha de manter um amor em segredo, geralmente há uma necessidade muito forte. Na maioria dos casos, se não sempre, o que você quer esconder é a presença de um terceiro indivíduo com quem há um compromisso amoroso. Geralmente amores clandestinos são amores que envolvem pelo menos três pessoas. Às vezes quatro. Às vezes mais.

Um vínculo preexistente não é o único motivo que leva um amor a ir para a clandestinidade. Pode haver razões de conveniência em jogo, como no caso de pessoas famosas que precisam manter seus relacionamentos em segredo para não perder admiradores. Também podem existir outros tipos de pressões, a nível familiar, laboral ou social, que exijam sigilo na relação.

Em todo caso, amores desse tipo são definidos como clandestinos porque são de alguma forma proibidos. E é esse elemento de proibição que dá um sabor especial a esses afetos. A relação não pode se desenvolver de forma "normal", torna-se necessário inaugurar uma espécie de "vida paralela" para poder manter vivo esse amor.



O fascínio do proibido

Qualquer proibição é ao mesmo tempo um convite. Isso acontece porque na mente humana a proibição ativa o desejo. Seu interesse por um filme não aumenta se você souber que ele foi censurado em alguns países? Você não observa com maior interesse uma porta que tem as palavras "proibida entrada"? Você não gostaria de ser um daqueles que podem abri-lo?

Tudo o que é proibido tem um encanto natural, pois permite vislumbrar, em primeiro plano, o que falta a uma pessoa. É justamente dessa falta (que se revela com o proibido) que brota o desejo. Por isso, proibição e proibição são duas faces da mesma moeda.

Quando se trata de amor, as coisas adquirem um caráter ainda mais efervescente. A proibição se transforma em combustível para a chama, mesmo quando a chama é tímida no início. Os obstáculos tornam-se estímulos e o risco acaba sendo visto como um desafio tentador. O próprio perigo do relacionamento favorece o enamoramento. Mas tome cuidado, pois brincando muito com fogo você pode se queimar.

O perigo dos amores clandestinos

O primeiro perigo que se encontra com um amor clandestino é, é claro, ser descoberto. Supõe-se que, se deve ser mantido oculto, é porque revelá-lo levaria a graves consequências. Nada é secreto entre o céu e a terra, e são raros os casos em que a verdade permanece oculta por muito tempo.

Também é verdade que muitos casais de amantes vivenciam a ideia de revelação com particular emoção. Eles traem a promessa que fizeram com seu parceiro, mas ao mesmo tempo sentem o desejo involuntário de serem pegos em flagrante. Tudo faz parte do intrincado jogo de tentar levar o relacionamento oficial ao limite ou tentar negligenciá-lo para trazer à tona os negócios inacabados, presentes em menor ou maior grau em qualquer relacionamento.



O segundo perigo reside no fato de que se joga literalmente com os próprios sentimentos e os dos outros. O fascínio do risco pode de fato ser a única causa real do relacionamento. Não é o amor que une, mas o desejo de desafiar o que é proibido. A desvantagem é que quase sempre, todos os envolvidos nesse "jogo" se machucam de alguma forma.


finalmente, o perigo dos amores clandestinos é que no final eles não nos permitem crescer ou melhorar nossas vidas. Acabam por ser capítulos da vida em que se deve comportar como uma criança que não quer obedecer. Mas quando somamos, só resta o prazer de ter experimentado o fascínio do proibido... E todo o tempo perdido no prazer relativo.

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