Medo da mudança: como correr o risco?

Medo da mudança: como correr o risco?

Medo da mudança: como correr o risco?

Última atualização: 03 de julho de 2018

Se você tem medo da mudança e isso o atrapalhou durante toda a sua vida, não pense que está sozinho. É uma atitude muito comum e é por uma razão específica. O medo da mudança pode ser útil em algumas circunstâncias, mas é paralisante em outras. Vamos explorar juntos.

O medo da mudança é um sentimento útil quando se trata de se adaptar a uma situação, mas pode se tornar um sério obstáculo. É algo que aprendemos ao longo de nossas vidas, herdado de nossos pais, professores, amigos ou mesmo de nossa cultura.



A sabedoria popular muitas vezes nos aconselha a ser cautelosos ao tomar uma decisão que leva à mudança. O Leopardo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa é um claro exemplo disso, os protagonistas encarnam o velho ditado "melhor um mal já conhecido do que um bem não experimentado". O senso comum popular nos alerta para os possíveis riscos associados à mudança. No entanto, tomado literalmente, esse conselho se torna uma limitação que nos impede de mudar quando é vital.

Preferimos evitar riscos e manter o "mal", desconfortável, mas familiar, ao invés de enfrentar o desconhecido. Em outras palavras, escolhemos ficar em nossa zona de conforto.

A zona de conforto

A zona de conforto é aquele lugar ou estado de espírito onde aparentemente nos sentimos confortáveis ​​e seguros. Esse sentimento se deve ao fato de nos determos em uma dimensão que conhecemos e da qual sabemos o que esperar. A zona de conforto também pode ser um lugar físico, mas sempre ligado àquela sensação de segurança e tranquilidade mental que não é necessariamente sinônimo de bem-estar.



Não é negativo em si mesmo, mas torna-se assim quando nos acomodamos sabendo que não é saudável, que impede nosso crescimento pessoal e felicidade. Quando se torna um toco de bloqueio, precisamos começar a nos fazer algumas perguntas.

Mas como fazer isso? Primeiro, refletindo sobre as razões do nosso comportamento e, sobretudo, entendendo o que queremos alcançar. Vamos ficar lá por hábito ou por necessidade? Esse sentimento de segurança surge do medo ou melhor, do conforto?

Se não mudarmos nada, certamente sentiremos que os riscos são menores. Mas é sempre assim? Na realidade, ficar onde estamos traz um risco enorme, o de nunca ser feliz. Dar um passo é assustador, às vezes aterrorizante, mas é apenas medo do desconhecido.

Medo da mudança

Por que a mudança é tão assustadora? Quantas propostas rejeitamos para evitar um risco? Talvez muitos e em todas as áreas da nossa vida.

Às vezes decidimos aceitar uma situação desagradável. Preferimos perseverar para não enfrentar as possíveis consequências negativas da mudança, esquecendo as possíveis consequências positivas. E nossa felicidade?

Ser cauteloso é uma atitude positiva e benéfica, nos protege em muitas situações. Quem não arrisca, porém, não ganha nem perde. Em outras palavras, permanecemos naquele estado de normalidade que criamos. No entanto, a vida está em constante mudança e, às vezes, temos que arriscar para crescer como seres humanos, como casal, como profissionais, economicamente.

A mudança nos assusta, porque está repleta de incertezas, a impossibilidade de prever resultados e consequências. Pode levar a melhorias ou talvez não. A questão é que há momentos em que correr riscos é essencial e as coisas nem sempre dão errado.


Como lidar com o medo da mudança?

É uma pergunta difícil. Não existe uma fórmula secreta. Todas as alterações estão sujeitas a mais de uma variável, algumas das quais estão fora do nosso controle. Este é um aspecto que não devemos esquecer, mas que não nos deve desanimar.



Quando decidimos fazer uma mudança em nossa vida, é muito importante esclarecer a motivação que nos leva a fazê-lo. Se já entendemos o motivo de nossa decisão, estamos na metade do caminho.

A mudança pode ser assustadora, é uma reação normal. O medo é uma emoção que nos adverte dos perigos; devemos escutá-la e entender o que ela está nos dizendo; e devemos ouvir a nós mesmos.

Um bom exercício é nomear o medo, dar-lhe uma cara: assim será mais fácil entender em que terreno estamos nos aventurando. Isso, juntamente com as respostas sobre nossas motivações, nos dará a força necessária para enfrentar a mudança.

Arriscando a crescer

Isso não significa que devemos viver arriscando continuamente, mas quando sentimos que um aspecto da nossa vida não vai bem, é preciso arriscar e mudar. 


Ser prudente na tomada de uma decisão importante é sempre uma atitude válida, mas não devemos ficar presos em uma situação que percebemos como apertada ou que impede nosso crescimento. 

Às vezes não é necessário fazer uma grande mudança, mas sim mudar pequenos detalhes que fazem a diferença. O importante é ter consciência disso, cultivar a força necessária para seguir em frente e começar a ser corajoso. Somos os únicos responsáveis ​​pela nossa felicidade, cabe a nós decidir se vamos por um caminho ou outro.

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