Emoções reprimidas e memória corporal

Emoções reprimidas e memória corporal

Emoções reprimidas e memória corporal

Última atualização: 07 setembro, 2020

Será que realmente sabemos o que acontece em nossa mente? Nós nos conhecemos? Podemos controlar nossos sentimentos para não afetar negativamente os outros? Reconheça o nosso emoções reprimidas é uma arma poderosa para entender nosso comportamento.

Graças à neurociência, as redes neurais e o funcionamento emocional do cérebro foram descobertos e descritos desde o final do século XX. Nosso mundo emocional finalmente atraiu a atenção que merecia; as emoções, a partir de simples reações automáticas, começaram a despertar o interesse científico de especialistas no campo do comportamento humano.



A partir deste momento, difundiu-se a importância de educar a sociedade para a capacidade de reconhecer, compreender e gerir os próprios estados emocionais; o objetivo era evitar que se transformassem em emoções reprimidas capazes de condicionar nosso comportamento.

“Cada emoção reprimida deixa furtivamente sua marca em nosso comportamento, através de padrões emocionais que decidem por nós”.

-Elsa Punset-

Por esta razão, tanta ênfase é atualmente colocada no reconhecimento de emoções reprimidas. Isso significa, de fato, conhecer a nós mesmos, nos permitir entender o que acontece em nós, ser capaz de administrá-lo bem e agir de acordo com nossos sentimentos.

Compreender as emoções reprimidas significa conhecer a nossa identidade

Saber o que acontece dentro de nós significa conhecer a nós mesmos. As emoções reprimidas são aquelas que não queremos ouvir ou às quais damos uma vaga importância; porém, assumem grande força e acabam por guiar nossos comportamentos e pensamentos.

“O que você nega se submete a você. Tudo o que acontece com você, se entendido corretamente, leva você para si mesmo”.

-Carl G. Jung-


Conhecer nossas emoções nos dá a oportunidade de saber por que nos comportamos de uma maneira ou de outra. Todos filtram as situações com base em como se sentem: é por isso que cada pessoa age de maneira diferente. Nossas experiências nos levam a ver o mundo de uma forma especial e única. Cada situação gera uma emoção diferente em nós e é por isso que conhecer a nós mesmos nos leva a entender como e por que agimos de determinada maneira.


Quando reprimimos uma emoção como raiva ou medo, quando tentamos não ficar tristes, quando a vingança toma força ou a dor fala por nós, damos lugar a um funcionamento independente de emoções não controladas; essas emoções se expressarão através de nossas ações.

Um estudo sobre emoções, realizado pela Universidade de Stanford, revelou que pessoas que tendem a reprimir sentimentos reagem com uma ativação fisiológica muito mais forte em situações críticas em comparação com aqueles que, por exemplo, expressam sua ansiedade ou raiva.

Por isso, em geral, quem não expressa suas emoções ou o faz com dificuldade, corre maior risco de desenvolver problemas somáticos como tensão muscular, dores de cabeça, reações cutâneas ou doenças mais complexas. Em suma, as emoções encontram uma saída através de métodos menos funcionais para nós.

A memória do corpo e da mente

Às vezes, diante de certas situações, reagimos de uma maneira que nos surpreende. Isso acontece por causa da memória de nossas experiências, que às vezes integramos conscientemente e outras inconscientemente. Quando reprimimos uma emoção, não a filtramos e permitimos que ela penetre em nossa memória sem perceber.


Nossa tarefa, portanto, é entender o que acontece e o que sentimos em cada momento. Se não conseguirmos identificar as emoções, não seremos capazes de gerenciá-las. O primeiro passo será, portanto, cuidar deles, dar-lhes voz quando pedem para falar. Caso contrário, nós os reprimimos, permitindo que eles atuem de forma independente.


Nós realmente sabemos o que está acontecendo conosco quando dizemos que entendemos por que isso acontece. Se começarmos a ouvir a nós mesmos, seremos capazes de compreender e regular nosso comportamento, agir de forma coerente e compreensível. Na realidade, somente se dermos voz às emoções reprimidas, nos aproximamos de nossa verdadeira identidade.

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