Amor e obsessão: que diferenças

Amor e obsessão: que diferenças

Distinguir o amor da obsessão é essencial para fortalecer a inteligência emocional, construir relacionamentos saudáveis ​​e promover o bem-estar.

Amor e obsessão: que diferenças

Última atualização: 04 de julho de 2022

O amor tende a ser confundido com alguns traços patológicos de personalidade. Uma delas é a obsessão, caracterizada por uma forte atração romântica e uma necessidade obsessiva de ser correspondida da mesma forma. Amor e obsessão, portanto, são muito diferentes.


Não reconhecer as diferenças entre amor e obsessão pode prejudicar os relacionamentos, assim como sua saúde emocional. A verdade é que é difícil distinguir entre os dois também em virtude da crença comum de que o amor tem as características maníacas da obsessão.


Neste artigo apresentamos as principais diferenças entre essas duas dimensõesi, de modo a reconhecê-los com mais precisão.

Obsessão não significa amor

Amor e obsessão são dois estados completamente diferentes. Embora a obsessão possa parecer a exaltação do amor, na verdade não é.

A obsessão por alguém não significa amá-lo, mas sim sentir que você não pode viver sem ele. A psicóloga Dorothy Tennov diz que o comportamento obsessivo está em:

  • Mime a pessoa em questão.
  • Mude sua agenda para combinar com a sua e adote conduta de stalker.
  • Concentre-se apenas nos aspectos admiráveis ​​e ignore as características negativas.
  • Alterando a personalidade de acordo com seus gostos.
  • Sentir algum tipo de alívio ao pensar, falar, observar ou sentir a presença da pessoa desejada.

Tennov também descreve uma série de efeitos físicos na obsessão, entre eles palpitações rápidas, tremores, sudorese errática ou distúrbios alimentares.



Em caso de obsessão, o parceiro é considerado uma propriedade.

Principais diferenças entre amor e obsessão

É essencial saber distinguir entre essas duas dimensões, caso contrário podemos facilmente cair em relacionamentos tóxicos e experimentar sofrimento emocional.

ideia de parceiro

Quando sentimos amor por alguém, o vemos como nosso complemento. Quando ficamos obcecados, no entanto, continuamente perdemos isso. Nós temos vocêum sentimento perene de vazio quando ausente.

Sentimos que não podemos viver sem nosso parceiro, que precisamos dele; no amor, porém, nossa felicidade e realização não dependem da outra pessoa.

Posse

Outra diferença entre amor e obsessão é a posse. A pessoa obcecada acredita que o parceiro lhe pertence, por isso exercerá um controle constante e obsessivo. Alguns exemplos são a necessidade de saber o que faz, como e quando. Em outras palavras, conhecer seus horários em detalhes e saber com quem estará o tempo todo.

A atenção obsessiva é reservada exclusivamente para a pessoa desejada, perdendo de vista a própria vida. É como se tudo girasse em torno do parceiro.

Pelo contrário, o amor é baseado na aceitação, liberdade e respeito. Quem entende isso permite que o parceiro cultive sua individualidade e inicie seus próprios projetos. Também é assumido que a outra pessoa é responsável por si mesma, então você não sente que precisa monitorar suas ações.

Gelosia

No amor, os espaços pessoais e íntimos são respeitados, então não há razão para sentir ciúmes irracionais e obsessivos. Você confia que seu ente querido quer continuar o relacionamento e está livre para romper quando quiser.


Por outro lado, a relação obsessiva baseia-se na necessidade de preencher um vazio intrínseco causado pelo medo do abandono.



Qualquer pista que mostre que a pessoa desejada cultiva sua vida e se relaciona com os outros faz sentir ciúmes, medos e inseguranças, então recorre-se ao controle e exige-se a presença do parceiro.

O ciúme é devido a uma forte insegurança.

Auto-estima no amor e na obsessão

A obsessão por alguém ocorre quando se sofre de baixa auto-estima. Aqueles que não são capazes de experimentar um grande vazio que tentam preencher e satisfazer com outra pessoa. É por isso que ele sente que sem ela não pode viver.

Para amar genuinamente outra pessoa, é essencial amar a si mesmo primeiro. Só assim será possível respeitar a subjetividade e aceitar a liberdade do parceiro. O parceiro não precisa preencher lacunas, mas sim completar.

Dor após o intervalo

Para encerrar com as diferenças entre amor e obsessão, vamos refletir sobre a experiência do rompimento. No caso do amor, o luto geralmente se desenvolve normalmente, sem esticar ou se tornar patológico.


É muito mais difícil, no entanto, seguir um relacionamento obsessivo, pois estão em jogo outras dimensões como baixa autoestima, dependência emocional, medo da solidão, inseguranças pessoais, etc. O ideal nesses casos é consultar um psicólogo que possa ajudar a superar esses conflitos.

Por fim, é bastante comum que o obsessivo “se apaixone” por outra pessoa logo após o término do relacionamento anterior, pois precisa de alguém para preencher seu vazio emocional.

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