A melhor solução nem sempre é a mais fácil

A melhor solução nem sempre é a mais fácil

Uma rota segura e conhecida nem sempre é a melhor solução. Claro, pode minimizar os riscos, mas também pode limitar nossas chances de aprender coisas novas e dar passos à frente que nos permitirão alcançar nosso bem-estar.

A melhor solução nem sempre é a mais fácil

Última atualização: 22 de junho de 2020

Muitas vezes tentando encontrar a melhor solução para nossos problemas, nos envolvemos em comportamentos que podem criar novos. Mantemos nosso estilo de vida confortável e rejeitamos a oportunidade de explorar novos caminhos. Às vezes, olhar para a vida de novas perspectivas gera em nós uma espécie de terror.



O problema é que, em muitos casos, as pessoas se contentam com modos de vida confortáveis, mas não recompensadores. É possível que a vida que vivemos não seja exatamente como aquela que projetamos com base em nossos objetivos e valores. Apesar disso, há algo que nos impede de evitar aquela pedra que nos faz tropeçar no caminho.

O medo do fracasso nos impede de sair da nossa zona de conforto e desperta emoções negativas em nós. Embora tenhamos consciência da necessidade de mudança, continuamos ancorados em situações “seguras” que, no entanto, não nos permitem progredir.

Por exemplo, continuamos a ter um relacionamento com nosso parceiro ou com familiares ou parentes que não nos dão mais nada ou mesmo causam problemas contínuos. Ou continuamos a fazer um trabalho abaixo da nossa capacidade porque temos medo de ocupar um cargo com maior responsabilidade. Geralmente, tendemos a pensar que permanecer na situação atual é a melhor solução. Para resumir, estamos contentes com o que sabemos e pensamos que temos tudo sob controle.


As situações que nos são familiares são geralmente as mais confortáveis. Muitas vezes tendemos a superestimar esses confortos, embora no fundo saibamos que nem sempre as situações fáceis oferecem vantagens. O medo de sair da nossa zona de conforto é tão grande que preferimos escolher a dor superficial, mas contínua, ao invés da intensa, mas limitada no tempo.


Conforto como a melhor solução

A conveniência parece ser um aspecto altamente valorizado dos seres humanos. Na verdade, viver confortavelmente nos dá uma sensação de controle que reduz muito nossos níveis de ansiedade.

Se tivéssemos que enfrentar novas situações todos os dias sem saber se elas são boas ou ruins para nós, poderíamos morrer de estresse. Procurar um pouco de conforto, portanto, não é em si contraproducente.

Quando surge o problema? O problema aparece quando optamos pelo conforto quando, na realidade, não estamos tão confortáveis ​​quanto pensamos. Nas situações em que vivemos todos os dias, sabemos nos mover como um peixe na água e temos certeza de que podemos controlar as coisas que nos acontecem. A realidade é um pouco diferente. Podemos controlar muito poucos elementos fora de nós mesmos.

O que parece confortável e seguro, na verdade, não é. Tente se perguntar: "Estou feliz com minha vida?" ou "Estou me divertindo tanto quanto deveria?".

Talvez, a curto prazo, você possa ser feliz com o que tem e se sentir seguro. Mas se você pensar a longo prazo ou olhar para trás, poderá se encontrar no mesmo lugar de sempre e sentir que algo não foi como deveria.

Nesses casos, é possível que sua zona segura tenha definido uma armadilha para você. É como subir uma escada que te leva a um precipício. Desça e refaça a mesma estrada com a mesma inclinação. Você conhece esse tipo de loop e se sente confortável. Mas é realmente a melhor maneira de abordar as coisas? Como já dissemos, às vezes a melhor solução não é a mais simples.



Medo de se sentir desconfortável

O medo de enfrentar situações desagradáveis, que não controlamos ou que possam despertar emoções negativas, não nos permite explorar novos caminhos.

Nossa sociedade exige que sejamos felizes e soframos o mínimo possível. É como se experimentar as chamadas emoções negativas fosse um sinal de fraqueza. Nós os tornamos um problema tão grande que tentamos evitá-los a todo custo. “Melhor um mal conhecido do que uma coisa nova para conhecer” costumamos repetir para nós mesmos. Com a ideia de que devemos nos divertir a todo custo, vivemos nossas vidas tentando evitar qualquer evento que possa causar tristeza, desconforto ou culpa.


O resultado final é a insatisfação constante. A sensação de que estamos perdendo algo é forte. Isso acontece porque nos conformamos com o que nos faz ficar sempre no mesmo lugar, sem pensar que a vida poderia ser melhor. Para chegar ao outro lado, às vezes é necessário atravessar um rio cheio de pedras e com água muito fria. Uma viagem desconfortável, mas necessária.

Nesses casos, o segredo é dar os passos com inteligência. O bom nem sempre é tão bom. Tome uma decisão, elimine medos infundados e vá em frente. Você descobrirá que aqueles "monstros" que você deveria ter encontrado raramente aparecem. E se o fizerem, eles não são tão aterrorizantes. Lembre-se de que é a sua mente que amplifica as coisas.

Às vezes, o melhor a fazer não é ficar firme nas nossas certezas, mas enfrentar o incerto, o novo. Você pode dizer a si mesmo: “Aqui estou, aqui estou, aconteça o que acontecer, lidarei com a situação da melhor maneira possível. Vou chorar se o caso exigir ou se eu tiver vontade. E vou rir quando chegar a hora”. Ao aceitar aberta e corajosamente o que a vida reserva para você, você ganhará novas experiências e aprenderá coisas que não sabia. Deixe algum espaço para surpresas!


Adicione um comentário do A melhor solução nem sempre é a mais fácil
Comentário enviado com sucesso! Vamos analisá-lo nas próximas horas.

End of content

No more pages to load